Nascido na cidade do Recife-PE em 1º de outubro de 1988, desde cedo descobriu o encantamento em representar o mundo que o cercava e reproduzir o que via, ouvia e sentia pelas cores fascinantes dos materiais.  Os lápis grafite e de cor, gizes de cera e tintas guache foram sendo utilizados durante sua infância e, posteriormente, encontrou na pintura a óleo mais um meio de expressão visual. A grande incentivadora foi sua avó, Maria Helena Rolim da Silva, uma pessoa humilde mais muito à frente do seu tempo, sempre buscando ser independente na família e em seu trabalho como auxiliar em uma escola do município de Paulista/PE. “Ela sempre trazia materiais que iriam ser descartados pela escola para mim e sua maior alegria era me ver desenhando e pintando em folhas de papel sobre o centro de mesa ou no chão da sala.”

     Aos cinco anos, chega à Natal acompanhado de sua mãe que decidiu residir na cidade. É nesse período que sua criatividade e percepção pôde ser lapidada, principalmente no seu convívio diário com o artista plástico R. Peixe (Raimundo Braga de Almeida), artista paraense que despertou ainda mais o seu interesse nas Artes Visuais, dia a dia, observando sua produção artística. Diante da presença de um artista em sua vida, a sua percepção com o passar do tempo despertou a curiosidade sobre os processos de criação pictórica. ​

     Suas primeiras experimentações com tinta a óleo começaram quando decidiu pintar utilizando as tintas do seu padrasto em pequenos pedaços de compensados e em telas. Mesmo tendo a presença de um artista em casa, R. Peixe fazia com que cada um procurasse o seu caminho a partir do seu interesse e isso valia para todos os seus seis filhos legítimos, (que já eram adultos e moram na cidade de Macapá) fazendo com que o processo artístico na maioria das vezes fosse solitário e desafiador. Como a arte é um desafio por si só, percebeu que deveria empenhar esforços para trilhar esse caminho.

       Seguindo a ideia de ter um conhecimento acadêmico para sua formação, entrou em 2009 em Filosofia na UFRN e no curso de Design Gráfico na UNP. Em filosofia, cursou até o segundo período, mas decidiu que o que queria mesmo era seguir produzindo arte, pensamento muito favorecido pelo curso técnico em Design Gráfico concluído em 2010. Nesse mesmo ano, prestou novamente o vestibular para o curso de Artes Visuais da UFRN, obtendo êxito, concluindo em 2015.

 

     A Universidade ampliou ainda mais os horizontes, “descobri a aquarela utilizando pela primeira vez na disciplina de Pintura I com o Prof. Dr. Vicente Vitoriano e em outras disciplinas com a Profa. Dra. Luiza Nóbrega, que me fez refletir sobre a pintura, o desenho, entre outros saberes compartilhados durante as disciplinas e em projetos de extensão universitária. Os trabalhos com tinta a óleo foram retomados na disciplina de Pintura II com o Prof.  Mes. Erasmo Andrade. O guache, o mosaico, a colagem, entre outros percursos do acaso me instigou a testar vários materiais, principalmente com os desafios propostos por professores, estimulando a criatividade e a seriedade no trabalho em que estamos nos propondo a fazer. Alguns deles foram fundamentais nesse processo, como a Profa. Maria do Mar e a Profa. Adriana Lopes que me ensinaram a descobrir formas e possibilidades de realizar um trabalho artístico, a Profa. Evanir Pinheiro, que me ensinou a encontrar na educação os caminhos para sentir e transmitir a essência das coisas para a vida.

 

      A todos os amigos e professores que me fizeram continuar e enfrentar os desafios da arte, o meu muito obrigado.”

 

Ébeson Rolim